domingo, 25 de setembro de 2011

O encontro entre dois mundos (Europeu e Indígena)

francisco.paula.nom.br
cyberhistoria.blogspot.com



Comentário de Rosimário Lima dos Santos: Inicialmente o contato entre índios e portugueses foi relativamente amistoso. Porém não demorou para que os índios percebecem que os portugueses apenas queriam tomar suas riquezas, inclusive a terra e até mesmo transformá-los em escravos apesar da proibição da igreja católica. De fato, a igreja pretendia ter os índios sob sua tutela, visando catequizá-los. De modo geral os povos indígenas foram muitos prejudicados com a colonização, ao tentarem resistir à dominação muitos foram cruelmente exterminados pelo colonizador, qual possuia equipamentos de guerra superiores. Por sua vez, ao catequizá-los, a igreja católica desrespeitou a cultura desses povos nativos, impondo-lhes a cultura europeia cristã considerada superior e civilizada.









COLÉGIO ESTADUAL GOVERNADOR VALADARES
DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSOR: ROSIMÁRIO L. DOS SANTOS


                                                     PLANO DE AULA

TEMA DA AULA: O ENCONTRO ENTRE DOIS MUNDOS ( EUROPEU E INDÍGENA)
SÉRIE: 6° D VESPERTINO
TEMPO DE AULA: 50 min

CONTEÚDO

  • Os primeiros contatos
  • Os indígenas e o Pau- Brasil
  • O indígena escravizado
  • A catequização

COMPETÊNCIAS

  • Descrever como foram marcados os primeiros contatos entre os indígenas e os europeus.
  • Destacar o costume e valores indígenas.
HABILIDADES

  • Relatar as reações nos primeiros contatos de diferentes culturas entre os índios e os portugueses em terras nativas.
  • Compreender a importância cultural destacadas nos valores e costumes indígenas .

METODOLOGIA

A estratégia metodológica tem como objetivo despertar a motivação dos alunos pelo assunto abordado, priorizando-se suas participações nas discussões provocadas no decorrer da aula.
1° momento: Os alunos serão instigados a demonstrar a visão que já possuem a respeito dos índios, a qual será confrontada com as informações trabalhadas pelo professor.
2° momento: O professor fará a abordagem dos conteúdos sobre os índios, ainda de forma dialogada com os alunos.

RECURSOS DIDÁTICOS

  • Livro didático, Lousa, pincel atômico, imagens e outros que se fizerem necessários;

AVALIAÇÃO

  • Dar-se-á a partir da observação e participação dos alunos nos debates em sala de aula, considerando-se a maturidade demonstrada em relação ao tema abordado, o interesse e senso críticos apresentados. Serão ainda aplicadas atividades escritas.
  
  CONTEÚDO DA AULA
                           O ENCONTRO ENTRE DOIS MUNDOS ( EUROPEU E INDÍGENA)

jesuitas.png googlinggod.com

A religiosidade sempre esteve presente no processo de colonização do Brasil. Sendo sobre a fixação em terra da primeira cruz, seguida da primeira missa proferida pelo frei Henrique de Coimbra em 1500 ou até mesmo muito antes disso com os ritos e cerimônias tupis.
Os lusitanos costumavam dizer que os índios não possuíam conhecimento de Deus e nem de outros ídolos, sendo que, muitas vezes foram associados a animais ou demonizados, alegando o colonizador que estes povos não possuíam alma. Para os índios não existia muita diferença entre a realidade acordada e a realidade dos sonhos: os pássaros, o mundo dos espíritos, o parto, a lua, tudo estava entrelaçado. Outra coisa que causava a repugnância dos portugueses para com os índios era o fato desses nativos praticarem a antropofagia. Para os tupis, a mais honrada atividade era a guerra. Entre as pessoas da mesma tribo a convivência era pacífica e amigável, mas eram implacáveis no que diz respeito a grupos rivais. Ao fim da “guerra”, os derrotados eram feitos prisioneiros e depois através de rituais, eram sacrificados e devorados. Os índios acreditavam que a força do guerreiro abatido passaria para aqueles que o comessem.


A Catequização

-Meirelles-primeiramissa2-

Uma das principais tarefas dos jesuítas seria trazer os índios para a “verdadeira” fé cristã. Tarefa que se mostrou de difícil execução no decorrer do processo. Para os jesuítas, extinguir costumes como a nudez, a poligamia, a antropofagia, entre outros, seria de extrema dificuldade, pois acreditavam que os índios estavam sendo governados pelo demônio, portanto, um trabalho longo e perigoso, que acabou forçando os padres inacianos a se adequarem àquela situação.
“No contexto da catequese, não resta dúvida de que os nativos assimilaram mensagens e símbolos religiosos cristãos, sobretudo por meio das imagens, mas é também certo que os jesuítas foram forçados a moldar sua doutrina e sacramentos conforme as tradições tupis.” (Ronaldo Vainfas. A heresia dos índios. P. 110)
No decorrer da catequização, houve uma série de resistências por parte dos índios, pois era difícil assimilar os diversos gestos sociais portugueses como, o trabalho braçal, adesão a doutrina católica, mudanças de costumes, um verdadeiro aportuguesamento forçado.


                              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ANA LÚCIA NEMI/ MURYATAN BARBOSA. Projeto para Viver Juntos- História 7° ano. Editora: SM Edições, 2008

                               

COLEÇÃO HISTÓRIA DO BRASIL. Obra Coletiva Vol. I. Bloch Editores: Rio de Janeiro,   1972


VAINFAS, Ronaldo, A heresia dos índios - catolicismo e rebeldia no Brasil Colonial, São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
PAIVA, José Maria de (2000). Transmitindo Cultura: A catequização dos índios no Brasil, 1549-1600. Revista Diálogo Educacional - v. 1 - n.2 - p.1-170 - jul./dez. 2000.
BAPTISTA, Jean. Epidemias nas missões jesuíticas. História Viva, São Paulo, nº. 67, p. 68-73, Maio 2009.


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