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COLÉGIO ESTADUAL GOVERNADOR VALADARES
DISCIPLINA: HISTÓRIA
PROFESSOR: ROSIMÁRIO L. DOS SANTOS
PLANO DE AULA
TEMA DA AULA: A ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA
SÉRIE: 6° D
TEMPO DE AULA: 50 min
CONTEÚDO
- Os portugueses na África
- Caravelas contra caravanas
- O tráfico escravista
- O sistema de feitoria
COMPETÊNCIAS
- Explorar as diversas formas de trabalho escravo na África;
- Destacar a chegada dos portugueses na África no início do século XV;
- Ser capaz de reconhecer os escravos como sujeitos ativos da sua história.
HABILIDADES
- Identificar os diversos tipos de violência a que estavam sujeitos os escravos;
- Compreender as estratégias adotadas pelos portugueses para o desenvolvimento do tráfico de escravos africanos;
- Apontar as diferentes formas de resistência dos negros à escravidão.
METODOLOGIA
A estratégia metodológica tem como objetivo despertar a motivação dos alunos pelo assunto abordado, priorizando-se suas participações nas discussões provocadas no decorrer da aula.
1° momento: Inicialmente serão relembrados aspectos abordados na aula anterior e em seguida alguns questionamentos aos alunos a respeito da escravidão objetivando avaliar a visão que eles já possuem sobre a temática.
2° momento: Será analisada uma imagem relativa a escravidão africana com o objetivo de compreender o seu significado. A imagem de autoria de Johann Moritz Rugendas, de 1835, representa as condições degradantes a que eram submetidos os negros africanos .
RECURSOS DIDÁTICOS
- Aula expositiva, Livro didático, Lousa , Giz e outros que se fizerem necessários;
AVALIAÇÃO
- Dar-se-á a partir da observação e participação dos alunos nos debates em sala de aula considerando-se , considerando-se a maturidade demonstrada em relação ao tema abordado, ointeresse e senso críticos apresentados, o processo avaliativo continuará nas seguintes aulas,por meio da correção do estudo dirigido solicitado para ser feito em casa.
CONTEÚDO DA AULA
A ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA
A escravidão é o grande sustentáculo do processo de colonização do continente americano, a partir do século XVI. Longe de se ater a uma forma homogênea de relação de trabalho, a escravidão foi marcada pelas mais diferentes caracterizações ao longo do período colonial. No caso da colonização lusitana, a utilização de escravos sempre foi vista como a mais viável alternativa para que os dispendiosos empreendimentos de exploração tivessem a devida funcionalidade.
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Escravidão: uma forma de trabalho predominante na História do Brasil |
Inicialmente, os portugueses almejaram utilizar da força de trabalho dos nativos para que a exploração econômica fosse concretizada. No entanto, a mão-de-obra indígena foi refutada mediante a dificuldade de controle sobre populações que ofereciam maior resistência e também por despertar o interesse da Igreja em utilizá-los como novos convertidos ao cristianismo católico. Ainda assim, as regiões mais pobres, em que a força de trabalho era mais escassa, os índios ainda foram utilizados como escravos
A rotina de trabalho desses escravos era árdua e envolvia uma pesada rotina de trabalho que poderia alcançar um turno de dezoito horas diárias. As condições de vida eram precárias, sua alimentação extremamente limitada e não contava com nenhum tipo de assistência ou garantia. Além disso, aqueles que se rebelavam contra a rotina imposta eram mortos ou torturados. Mediante tantas adversidades, a vida média de um escravo de campo raramente alcançava um período superior a vinte anos.
Outros tipos de escravos também compunham o ambiente colonial. Os escravos domésticos que viviam no interior das residências tinham melhores condições de vida e tinham a relativa confiança de seus proprietários. Geralmente os cargos domésticos eram ocupados por escravas incumbidas de cuidar da casa, das crianças e, inclusive, estar sexualmente disponível ao seu senhor. Nas cidades, ainda temos a figura dos escravos de ganho, que poderia reverter lucro ao seu dono ao cuidar de um comércio ou vender produtos.
Muitos escravos, quando não submissos ao processo de exploração, articulavam planos de fuga e desenvolviam comunidades auto-suficientes costumeiramente chamadas de quilombos. Nesses locais de fuga desenvolviam uma pequena agricultura associada a atividades artesanais constituídas com o objetivo de atender a demanda da própria comunidade. Entre os principais quilombos destacamos o Palmares, que se desenvolveu em Alagoas, na região da Serra da Barriga. Considerado principal foco de resistência negra, Palmares só foi destruído no final do século XVII.
Tendo forte presença no desenvolvimento histórico da sociedade brasileira, a escravidão africana trouxe marcas profundas para a atualidade. Entre outros problemas destacamos a desvalorização atribuída às atividades braçais, um imenso processo de exclusão sócio-econômica e, principalmente, a questão do preconceito racial. Mesmo depositado no passado, podemos ver que as heranças de nosso passado escravista ecoam na constituição da sociedade brasileira.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Outros tipos de escravos também compunham o ambiente colonial. Os escravos domésticos que viviam no interior das residências tinham melhores condições de vida e tinham a relativa confiança de seus proprietários. Geralmente os cargos domésticos eram ocupados por escravas incumbidas de cuidar da casa, das crianças e, inclusive, estar sexualmente disponível ao seu senhor. Nas cidades, ainda temos a figura dos escravos de ganho, que poderia reverter lucro ao seu dono ao cuidar de um comércio ou vender produtos.
Muitos escravos, quando não submissos ao processo de exploração, articulavam planos de fuga e desenvolviam comunidades auto-suficientes costumeiramente chamadas de quilombos. Nesses locais de fuga desenvolviam uma pequena agricultura associada a atividades artesanais constituídas com o objetivo de atender a demanda da própria comunidade. Entre os principais quilombos destacamos o Palmares, que se desenvolveu em Alagoas, na região da Serra da Barriga. Considerado principal foco de resistência negra, Palmares só foi destruído no final do século XVII.
Tendo forte presença no desenvolvimento histórico da sociedade brasileira, a escravidão africana trouxe marcas profundas para a atualidade. Entre outros problemas destacamos a desvalorização atribuída às atividades braçais, um imenso processo de exclusão sócio-econômica e, principalmente, a questão do preconceito racial. Mesmo depositado no passado, podemos ver que as heranças de nosso passado escravista ecoam na constituição da sociedade brasileira.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANA LÚCIA NEMI/ MURYATAN BARBOSA. Projeto para Viver Juntos- História 7° ano. Editora: SM Edições, 2008
http://www.brasilescola.com/historiab/escravos.htm
http://www.brasilescola.com/historiab/escravos.htm
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